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Na raia "o Verão não vai ser de festas". O desabafo dos raianos tem razão de ser. O regresso dos emigrantes tornou-se numa série infindável de acidentes. Primeiro no concelho da Guarda e depois no Sabugal. O último, com um autocarro de portugueses, trouxe o luto ao concelho de Almeida.

Na raia "desde há muito que os emigrantes, sobretudo os que estão lá fora há mais tempo, viajam de autocarro", comenta Ana Ribeiro, responsável de uma empresa de transportes que opera com a marca InterNorte. A notícia da morte da portuguesa, de 40 anos, apanhou os raianos "ainda com as emoções mal refeitas do acidente de Sábado", prossegue Ana Ribeiro. A mulher "estava na Alemanha há mais de 20 anos e sempre viajou de autocarro, com bilhete comprado em Vilar Formoso". Era assim que gostava, porque "os autocarros, sobretudo os dos percursos longos, são feitos com três motoristas e em dia e meio de viagem chega-se a Portugal". O autocarro, "da Mondinense, devia ter chegado a meio da tarde de ontem a Vilar Formoso. "A empresa é das mais certinhas e nunca teve nenhum acidente desta gravidade", conclui Ana Ribeiro.

A única vítima mortal, natural de Mortágua no distrito de Viseu, era esperada em Almeida "onde casou e tinha os dois filhos, de 20 e 18 anos, a viver na companhia de familiares", assegura ao DN fonte oficial do Governo Civil da Guarda. Desde sábado que o Governo Civil "tem estado a acompanhar estas tragédias e esta não foi excepção", conclui a mesma fonte. Foi um responsável deste departamento quem deu a notícia aos familiares da mulher que morreu no acidente de Bordéus.

DN Portugal