Exibição de luxo na segunda parte premiada com dois golos de belo efeito
Grande estimulo moral para o futuro
Com muito coração, na base da humildade e da cultura de trabalho, o Benfica derrotou este sábado à noite o eterno rival Sporting, por 2-0, na 4.ª jornada da Liga, reduzindo assim para um ponto a desvantagem em relação ao primeiro classificado, precisamente a formação sportinguista.
Reyes (exibição de grande nível) e Sidnei foram os autores dos golos da mais do que merecida vitória da equipa benfiquista, que ganhou um importante encaixe de confiança para o decisivo jogo da próxima quinta-feira com o Nápoles, relativo à 2.ª mão da 1.ª eliminatória da Taça UEFA.
O triunfo do conjunto encarnado assentou essencialmente numa exibição de grande nervo e de muito sentido de entreajuda na segunda parte, período em que as substituições cirúrgicas de Quique Flores revelaram-se determinantes para a subida considerável de rendimento e para o (quase) total domínio nesse período do jogo, o qual foi premiado com dois golos de belíssimo efeito.
Para ter uma melhor garantia de entrosamento e para premiar o onze titular que conquistou a primeira vitória oficial em Paços de Ferreira, Quique Flores decidiu não proceder a nenhuma alteração na equipa em relação ao jogo na Mata Real.
E a aposta na continuidade do técnico esteve na base da visível melhoria de entendimento (a nível de movimentações) da ala direita – Maxi Pereira e Rúben Amorim – e da ala esquerda – Jorge Ribeiro e Reyes – assim como da dupla de atacantes Nuno Gomes e Cardozo. De resto, as melhores oportunidades do Benfica na primeira parte passaram sempre por jogadas envolvendo estes jogadores (e foram vários os lances vistosos protagonizados pela equipa).
Ao contrário de Quique Flores, o treinador sportinguista mexeu na equipa face às indisponibilidades de Caneira e Izmailov (foram substituídos por Grimi e Miguel Veloso), mas tal facto não levou Paulo Bento a alterar o esquema de alterações constantes de posicionamento dos jogadores do Sporting no terreno do jogo.
Uma estratégia típica da equipa sportinguista que logo aos 52 segundos do jogo poderia resultar em golo visto que, num movimento rápido de desmarcação desenhado por Yannick Djaló do interior para o centro, o esférico saiu ligeiramente por cima do travessão (o atacante ganhou as costas à defesa benfiquista e, perante a saída de Quim, optou por um chapéu, mas a bola ganhou os centímetros que o atacante leonino não pretendia).
Nuno esteve quase…
E por falar em centímetros a mais, Cardozo, na jogada seguinte, atirou também ligeiramente por cima do travessão, de fora da grande área, proporcionando o primeiro momento de agitação nas hostes benfiquistas. Face ao seu poderoso remate, o atacante recebeu ordens para rematar de pronto e de forma espontânea por forma a surpreender Rui Patrício, tendo aos 12' voltando a tentar a sorte num remate de primeira que levou o esférico a sair ao lado.
Se o Benfica apresentava um futebol mais planeado, de maior circulação, de maior apoio, o Sporting apostava mais nos passes em profundidade, sobretudo para o eixo da defesa, possivelmente para explorar a juventude da dupla Miguel Vitor/Sidnei. E foi em mais um passe de longa distância que Hélder Postiga, depois de caminhar pelo centro da grande área benfiquista, esteve perto do golo, valendo ao Benfica um corte in-extremis de Sidnei.
No entanto, a melhor oportunidade de golo no primeiro tempo pertenceu a Nuno Gomes (18') que, na pequena área, atirou por cima após um cruzamento (meio remate) de Maxi Pereira após uma bela jogada de combinação entre o uruguaio e Rúben Amorim.
Na segunda parte, o Benfica melhorou a olhos vistos e a primeira razão para a subida de rendimento residiu na qualidade de jogo trazida por Katsouranis que forneceu mais equilíbrio, mais capacidade de recuperações e transições rápidas. O outro factor foi, inevitavelmente, o crescimento colectivo da equipa que entrou demasiado forte, encostando completamente o Sporting à sua grande área fruto de um superior andamento competitivo.
O talento de Reyes e a coragem de Sidnei
E a merecida recompensa para tanto ascendente surgiu aos 67' numa obra-prima de Reyes: o extremo recebeu uma assistência de Aimar e depois, de pronto, rematou em arco, levando o esférico a entrar no poste mais distante. Um momento sublime que quase fez chorar de alegria o internacional espanhol.
Por mérito do Benfica, o Sporting não reagiu e, no sentido inverso, a equipa de Quique cresceu de confiança, alcançado aos 72' o 2-0 (resultado mais condizente com o que se estava a passar nas quatro-linhas): hiper-concentrado Carlos Martins bateu um livre com conta, peso e medida e, na pequena área, Sidnei atirou de cabeça para o fundo das redes.
Um golo de coragem do talento Sidnei, efusivamente comemorado por Carlos Martins que subiu bastante de nível com a entrada de Pablo Aimar (notável a exibição do experiente jogador argentina na forma como guardou o esférico, como soube assentar o jogo da equipa).
Nos últimos 15' o Sporting jogou com uma frente alargada com a entrada de Derlei e Liedson, mas apenas aos 90', num remate de Djaló superiormente defendido por Quim, o rival ameaçou seriamente. Reflexo, claro está, do crescimento táctico do Benfica que está cada vez melhor e que merece uma casa cheia no jogo de quinta-feira com o Nápoles.
Em relação à arbitragem, Duarte Gomes deixou passar em claro uma grande penalidade contra o Sporting (falta nítida de Hélder Postiga sobre Yebda aos 45') e perdoou uma série de cartões amarelos aos jogadores sportinguistas.
Texto de Victor Pinto
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